Foram os egípcios que nos legaram os mais antigos exemplares de tiaras já encontrados. Enquanto as coroas usadas pelos faraós e sacerdotes eram ostentosas e magníficas, as tiaras usadas pelas princesas no antigo Egito eram delicadas, confeccionadas a partir de fios de ouro ou prata e a inspiração para o design vinha das formas natureza.
As tiaras, ao tempo dos antigos gregos e romanos, eram de início simples fitas de tecido atadas em volta da testa ou na cabeça e eram usadas por homens e mulheres das camadas mais nobres da sociedade. Com o tempo, as fitas de tecido passaram a ser adornadas com pérolas e gemas como rubis, diamantes e esmeraldas.
Um outro estilo de tiara também foi bastante usado pelas duas antigas culturas: tiaras feitas com folhas de louro eram dadas aos vencedores nos esportes, aos generais vencedores e aos dignitários e governantes, sendo assim um símbolo absoluto do poder da vitória. As tiaras feitas de folhas de louro foram mais tarde, substituídas por tiaras cujas folhas, imitando as do loureiro, eram feitas em ouro, prata ou em um metal mais simples, como o cobre. As noivas romanas costumavam usar uma tiara feita com flores de laranjeira, que simbolizava inocência e pureza.
Inspiradas na antiga Roma, as mulheres da corte napoleônica usaram tiaras como adornos para cabelos. Eram simples, simétricas e feitas em ouro e decoradas com imitações de folhas de louro ou da oliveira. A restauração da dinastia Bourbon, depois da queda de Napoleão Bonaparte, deu ensejo a jóias extravagantes na restaurada corte real francesa, e as tiaras passaram a ser bem mais elaboradas no design e ricamente decoradas com gemas.